Post Vip 100 mil - Um breve relato sobre uma grande mudança!!!

Então que o blog chegou a marca de 100 mil acessos e fiquei tããoo feliz. Quase 4 anos de dedicação, quase 4 anos de amor, de conhecimento, de empoderamento... quase 4 anos que me transformaram nesses pouco mais de 4 anos de maternidade. 

O blog não é comercial, então se acessam 10 ou 100 pessoas por dia, teoricamente não faz diferença. Na verdade fico feliz se minhas palavras, meus textos e sentimentos chegarem a uma pessoa que seja... E é incrível saber que chega!!! 

Agradeço muito por cada pessoa que conheci por aqui... por cada criança, que agora me dou conta, vi crescer, por cada experiência que me fez aprender absurdamente, muito mais do que eu poderia “sozinha!”... 

E por falar em crescimento, empoderamento e admiração, meu post Vip em comemoração aos 100 mil acessos, não podia ser melhor. 

Eu lembro que quando fiz o cadastro para o Vip do MMqD, eu citei o blog dela como um dos meu três blogs preferidos. Uma pessoa normal como eu, que tem questionamentos como eu, que tem felicidades simples e cotidianas como eu. 

Uma pessoa que escreve com uma clareza e leveza absurdas, que me faz parar, pensar, repensar, bufar e sair do lugar comum. Que me fez ver que coisas “impossíveis” são muito possíveis, basta começar... 

Meu post Vip de hoje é com a Nine, mãe da Isís e do Pedro, blogueira do Sessões de Maternoterapia!!!

***** 

"É com uma honra enorme que eu escrevo esse guest post aqui nesse espaço tão querido! A Martha e a Laís fazem parte da minha história como mãe que escreve blog! Já há alguns anos trocamos comentários, textos, emails e essa relação virtual acabou se transformando numa amizade especial. 

No ano passado eu e a Martha trocamos alguns emails porque tínhamos uma visão semelhante sobre alguns aspectos de nossas vidas. Apelidamos esses emails de "dilemas do horário comercial". Para mim essa troca de emails foi muito importante, porque me ajudou a solidificar uma escolha que há muito eu desejava fazer, mas me faltava coragem. 

Eu vou contar a vocês um pouco da minha história e de como eu cheguei até aqui. 

Meu nome é Janine, completo 35 anos neste mês e no ano passado eu decidi deixar um emprego público cobiçado e bem remunerado para poder me dar a chance de fazer a diferença na minha vida, na vida da minha família e, com dedicação e amor, na vida de outras pessoas. 

Eu escolhi fazer Nutrição porque eu achava que como nutricionista eu mudaria o mundo, começando pelo meu. No primeiro ano de faculdade eu continuei acreditando que mudaria o mundo, ao menos no quesito alimentação, sendo nutricionista. No segundo ano da faculdade eu perdi muito dessa convicção e depois de formada, no meu primeiro emprego, eu tive a certeza de que eu não mudaria o mundo como nutricionista, mas se eu permanecesse naquele caminho, o mundo mudaria a mim e não seria para melhor. 

Pouco mais de dois anos depois de ter sido despedida do meu primeiro emprego como nutricionista, eu fui aprovada num concurso público federal para um cargo de nivel superior e com um salário 10 vezes maior do que o que eu recebia como nutricionista. E trabalhando 8 horas 5 dias por semana! Salário menor e jornada reduzida, já que eu estava acostumada a trabalhar 14 horas por dia e ganhar 10 vezes menos! Naquela época eu achava que isso era sucesso: estabilidade e dinheiro no banco, férias anuais e finais de semana. 

Eu fui feliz assim por pouco mais de três anos, até que minha vida deu uma virada espetacular de 360 graus carpado! Nascia a minha Pequena Ísis, e com ela nascia a minha jornada maluca como mãe no século XXI e na era da internet! 

Com o fim da licença maternidade eu segui o ritmo das mulheres e das famílias do meu tempo: coloquei minha filha na creche 10 horas por dia 5 dias na semana. E se durante a minha licença maternidade eu havia acreditado que poderia mudar o mundo porque eu havia gestado e parido uma filha mega especial (como todos os filhos são), naquelas manhãs horrorosas em que eu deixava minha bebê choramingando na porta da creche eu tive a certeza de que o mundo estava mais uma vez me modificando. E não era para melhor. 

Mas os dias seguem, e eu fui apagando incêndio e tapando o sol com a peneira por diversos meses, até que, durante o processo de construção e de convicção sobre o nascimento do meu segundo filho, Pedro, eu decidi romper com algumas das algemas que me deixavam inerte diante das minhas próprias não escolhas.

Pouco mais de um ano depois do nascimento dele, eu deixei meu cargo e meu salário, minhas garantias, minha zona de conforto, meus padrões e os padrões alheios sobre sucesso, para seguir rumo ao meu propósito, rumo a uma vida mais plena e mais consciente, uma vida mais vivida. 

Deixa eu te contar que um dos meus maiores medos é chegar à velhice, olhar para traz, e me arrepender de não ter vivido como eu gostaria. Você tem esse medo? Se você tem, você sabe do que eu estou falando. 

E esse meu medo de uma não vida chocava (e ainda choca) com o medo de uma vida sem seguranças e garantias. É um paradoxo, não é? Viver é seguir rumo ao desconhecido. Não há garantias. Não se leva nada daqui, salvo, dizem, as nossas experiências. 

E eu decidi viver experiências e proporcionar àqueles que estão sob a minha responsabilidade a possibilidade de terem uma vida plena, ativa e consciente. Neste processo eu percebi que eu precisava de tempo e que o meu tempo era o que de mais caro me pertencia e que, por melhor que fosse o meu salário e as pseudo garantias que ele me proporcionava, eu estava vendendo bem barato esse meu tempo. 

Eu não estava investindo em mim, nos meus sonhos, nos meus propósitos! Como ensinar meus filhos a seguirem em busca de uma vida plena se eu mesma não conseguia abandonar uma vida que não me realizava em nada, mas pagava as minhas contas? 

Você tem um sonho? Eu tenho um sonho também! Você acredita que sonhos podem se transformar em realidade? Eu acredito! E eu sei que você acredita também! Então, tenha coragem de mudar o que não te faz feliz! Comece a galgar os degraus que te levarão ao encontro de uma vida plena! Rompa com os conceitos que não agregam nada a você e a sua família, agregam apenas dívidas, solidão e sensação de incompletude! 

Eu ainda não cheguei onde eu quero chegar, mas eu já dei o primeiro passo. Vem comigo?"

****

Esse post não teria como ter falado mais comigo!!!

 Nine, querida, obrigada!!! Simplesmente obrigada!!! 

Por ter cruzado comigo por esse mundo imenso que a internet, por ter confiado em mim para trocar idéias, por ter me “ouvido”, por me fazer aprender tanto!!!! Pode ter certeza que ainda vou te perturbar muito mais com minhas duvidas e questionamentos... !!!! 

Desejo a vc toda felicidade do mundo... pq isso é o que, no final, mais importa

****

Outras participações Vips:
A importancia de brincar com Filhos, por Michelli Ribas
Uma experiência BOA DE MAIS, por Aline Bernardo
Amizade Virtual?, por Emanola Paz
Como me formei Doula. por Ívna Pinna